“De manhã é bom é na caminha”. Não haverá frase mais paradigmática para resumir o Verão lusitano como a do atleta Marco Fortes, depois de frustrada a sua participação nos Jogos Olímpicos de Pequim. Folgo em saber que a “fama famigerada” da sua proclamação, e o facto de agora o atleta ser convidado para todo o género de talkshows, impedem o pobre coitado de tirar uma sesta que seja.
De qualquer forma, do outro lado do hemisfério da imbecilidade, portanto a meio caminho da entronização humilde (se há alguma entronização que possa ser humilde), não será de minimizar o pedido do actual treinador do Benfica, Quique Flores, depois de terminada a entrevista pela equipa de desporto da SIC: “Deixem-me no Marquês”. Por quê no Marquês? Porque seria a zona mais central para apanhar o metro ou um autocarro de regresso ao seu hotel.
Claro que num país de doutores e engenheiros, de filhos e “entediados”, uma solicitação tão mundana como a de Quique Flores acaba por surpreender. A mim, pelo contrário, faz-me lembrar a autenticidade feliz do antigo futebolista alemão, Jurgen Klinsmann, que só andava de VW carocha...
Espelho de (quando éramos) portuguezes
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[image: Alberto Pimentel, Espelho de Portuguezes, v. II, Lisboa, Parceria
A. M. Pereira, 1901. pp. 113]
[image: Alberto Pimentel, Espelho de Portuguezes,...
Há 13 horas

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