quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mundial 2010: Portugal 2-3 Dinamarca


A memória é uma coisa lixada!
Não me lembro de alguma vez ter visto um jogo assim: tudo controlado até quase ao fim, e depois a derrocada. Claro que, olhando um pouco para trás, foi precisamente isso que nos aconteceu há apenas um ano: em menos de uma semana, a selecção nacional de Scolari realizava dois jogos decisivos em Lisboa na fase de qualificação para o Euro 2008. Teríamos, primeiro, de ganhar à Polónia - mas eles empataram no último minuto, 2-2. Quatro dias depois, era imperioso vencer a Sérvia, mas eles marcaram no último minuto, 1-1.

Esta noite, já com Carlos Queiroz à frente da selecção, era importante assumir imediatamente as responsabilidades que advêm do favoritismo no grupo: porque em casa ganham, ou têm de ganhar, os mais fortes. Portugal fez 1-0 (Nani) antes do intervalo, chegou a ser espectacular na segunda parte, mas nunca arrumou com o jogo (falhando pelo menos três golos certos).

E a 5 minutos do fim, o empate da ordem (uma injustiça que qualquer português antevira). Mas um minuto bastou para, de penalty, Deco afastar os fantasmas: 2-1. O jogo parecia ganho. But not so fast! Em cima da hora, o fim do mundo: Quim falhou um canto e a Dinamarca voltou a sonhar, 2-2. Nos descontos, bola atirada para fora da grande área portuguesa encontra remate enrolado de avançado nórdico, a bola desvia em defesa português e engana Quim, 2-3.

Uma exibição perfeita... durante 85 minutos. Scolari não teria feito melhor. Portugal pecou pela soberba: às vezes é preciso jogar um pouco menos para conseguir um pouco mais. Mas o pouco menos não são dez minutos a menos, são dez minutos a mais.

Sem comentários: