No final da temporada passada, antes da Espanha ser campeã da Europa, antevi uma única solução para o Benfica dar a volta por cima: contratar um jovem treinador espanhol, qualquer um que fosse. Um mês depois, Quique Flores era apresentado como treinador do Benfica. Há esperança?
Os dois primeiros meses de Quique foram tão tremidos como pareceram ter sido gloriosos os do Sporting. Mas num jogo tudo pode mudar. Quique ganhou ao Sporting (2-0), depois de ter ganho ao Paços de Ferreira (4-3) e, para já, como dizia o outro, está tudo bem. Pode ser que daqui a uns dias, quando jogar com o Nápoles, para a Taça UEFA, deixe de estar (como dizia Scolari, é o jogo do mata-mata).
Não vi o Benfica-Sporting de sábado com a atenção que o acontecimento merecia. Mas creio que foi um jogo de zero-a-zero que teve o acaso de dois golos. Insuportável o rosto de júbilo vingativo do ex-sportinguista Carlos Martins, depois de centrar para 2-0 do "seu" Benfica. Parece que mais importante que se ser assertivamente a favor de determinado clube (o seu Benfica) é ser-se assertivamente contra o seu antigo clube (o Sporting).
Carlos Martins não tem razão para ser rancoroso ou ressabiado: se determinados clubes deixam de acreditar nos seus atletas (como aconteceu a Paulo Bento com Carlos Martins no Sporting), é porque os atletas há muito deixaram de acreditar na fidelização aos clubes. Como é que o Carlos Martins acha que vai gerar boa-vontade, com má fé?
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