terça-feira, 18 de novembro de 2008

Este ano vamos à Molvânia!


Sabe aquele género de pessoas que raramente se diverte nas viagens mas que depois aparece com histórias mirabolantes e divertidíssimas sobre os novos destinos que conheceu? Agora, você também pode impressioná-las. Como? Diga que vai viajar para um país que, pura e simplesmente, não existe.

Imagine estes dois casos: Molvânia, na Europa alpina, e Phaic Tan, na Indochina. Nenhum dos países existe realmente, mas qualquer um deles tem disponível guias de viagens com informação essencial e detalhada sobre a História, geografia, língua, gastronomia, costumes, turismo e as canções desqualificadas do Eurofestival da Canção. Confira tudo no site respectivo.


MOLVÂNIA
História: em 721 AC, o primeiro Príncipe da Molvânia conquistou a Prússia, a Alemanha e a Escandinávia aos 12 anos. O império durou apenas umas semanas. O miúdo já morreu mas vive para sempre.
Língua: o molvano tem quatro géneros - masculino, feminino, neutro e um género especial para dar nome aos queijos.
Desporto: o Estádio de Lutenblag foi construído para organizar o Mundial de Futebol de 1994. Hoje, o principal atractivo são os enforcamentos públicos.
Gastronomia: consta que o magnata da beterraba transgénica verde, Jerko Guglob III, vai comprar o Leeds United.

PHAIC TAN
História: sempre foi um país associado a violência, pobreza e um abuso nos preços do duty free. Agora, só os senhorios têm acesso à tortura.
Geografia: dizem que a praia de Zou Kow Bow tem a areia mais branca do planeta. Uma coincidência rara do aquecimento global com um acidente envolvendo um camião que transportava lexívia.
Desporto: apesar de ter o maior índice de amputados do mundo, nunca ganhou uma medalha nos Jogos Paralímpicos.
Turismo: a hotelaria garante despedimentos diários de pessoal para assegurar a frescura nos serviços.
Gastronomia: alguns cães ainda têm raiva. Evite comê-los.

OS OUTROS
Se pensa que o mundo se esgota na sua esquina, está muito enganado. Não estará interessado em viajar para outros países remotos?

Pfaffland
Um remoto território sub-ártico que mistura a sauna com a fauna. Tem sol da meia noite e do meio dia, 365 dias por ano. À tarde também.

Costa del Porn
Enclave ibérico composto exclusivamente por hotéis, pubs ingleses e música lounge. Muito remoto.

Gastronesia
Arquipélago remoto, algures ali pelo sudeste asiático. Parece que as pessoas confundem Ásia com azia: o excessivo tempero da gastronomia local leva a que a maioria dos visitantes morra afogada no seu suor.

Sherpastan
Remoto reino montanhoso, entre a antiga União Soviética e a Nova Zelândia. Dizem que é de prender a respiração (para sempre)

San Sombrero
Antigo protectorado espanhol, cuja capital é Cucaracha City. Tal como Lisboa, tem muitas baratas. A comida não é cara nem remota.

Takki Tikki
Ilha francófona do Pacífico sul, ideal para amantes de sol, antigos cientistas nucleares e tartarugas malhadas. O melhor cartão de visita é o facto de Gauguin não ter pintado aí nenhum dos seus remotos quadros.

Bongoswana
Antiga colónia belga, situada na parte mais remota do Mapa Cor de Rosa, em África. A capital é Coup d’État. Pelo menos era, até ontem.

Ilhas Tofu
Duas ilhas absolutamente iguais no arquipélago de Seitan. Ideal para mergulhadores, principalmente os que saibam boiar. De todo o mundo convergem caçadores de ostras vegetarianas, à procura de pérolas de plástico. A maioria parte deles não volta à superfície.

Moustachistan
Antiga República soviética onde todos os homens têm bigodes, incluíndo as mulheres. Mantém rivalidade ancestral com o remoto Estado de Kalashnikov, mas os acordos de paz recentes permitiram desarmar ambas as nações. Agora, o exército só utiliza fisgas.

1 comentário:

Lek disse...

Oudaçe!
Andar a escrever artigos sobre viagens, faz este gajo viajar para partes incertas. Dêm-lhe vinho pá! ao menos in vino veritas