

B all you can B. And then C.




Li hoje no Metro (hoje só tive tempo para ler o Metro) que finalmente o Vaticano perdoou John Lennon por ele ter dito, há 40 anos, que os Beatles eram maiores que Deus.Os Sean Riley & The Slowriders (o nome é uma brincadeira, eles são portugueses de Leiria) fizeram a primeira parte da Aimee Mann há ano e meio em Lisboa e desde essa altura tornaram-se um pequeno fenómeno (haverá fenómenos pequenos?).
No sábado, tocaram durante uma hora na sala 3 do São Jorge para meia dúzia de dedicados seguidores. À saída, a Rafaela Ribas, que tem nova empresa de agenciamento (chama-se Arthouse, mas deveria chamar-se The Lady Never Sleeps) apresentou-me o vocalista Afonso, que ainda se lembrava do espectáculo com a Aimee Mann. "Esse concerto foi um sucesso. A organização disse-me na altura que venderam muito pouca cerveja no bar do Coliseu".
Eu não sei o que é poesia, mas pode ser que nesta nova livraria descubra. Espero que a Poesia Incompleta, "a primeira livraria de poesia", situada entre o Príncipe Real e a Praça das Flores, dure mais do que a Byblos, a megalivraria lisboeta das Amoreiras que fechou as suas portas esta semana.

O único que vemos a meter a cabeça de fora neste desastre sucessivo da selecção nacional (goleado 6-2 pelo Brasil) continua a ser o treinador Carlos Queiroz, que reconhece e admite todas as críticas que se lhe colocam. 








Belíssimo filme de publicidade para o novo Volkswagen Scirocco realizado em Lisboa. É engraçado pelo debate que também poderá colocar: afinal, em vez do cliché da cidade de natureza luminosa, Lisboa é filmada como se fosse um policial na Cornualha (é uma forma da VW se vingar dos políticos portugueses que, durante anos, dificultaram a localização da Autoeuropa nos sinais de trânsito das estradas a caminho de Palmela).
Também acho curioso o facto de se tratar de um automóvel cujo nome é um vento que invade Veneza (nós temos o Zéfiro). Mas pelo menos não se vêem os contentores...
Neste momento, discute-se os contentores de Alcântara no Prós e Contras da RTP1. Miguel Sousa Tavares é contra, Sá Fernandes é a favor. Sousa Tavares faz de good cop, Sá Fernandes de bad cop. Enquanto Sousa Tavares rosna, Sá Fernandes aguça as unhas.
Quando o público aplaude o "bonzinho", Sá Fernandes deixa de se ouvir, e depois a sua explicação soa a demagogia. Para todos aqueles que pensaram que ele poderia ser uma espécie de cavalo de Tróia na Câmara Municipal, assistir a este debate torna-se penoso. O nosso homem do Bloco parece orgulhosamente Sá.
Custa-me imenso aderir à unanimidade, mas a razão estará sempre do lado de Sousa Tavares: esta cidade não quer contentores em Alcântara. Infelizmente ainda ninguém parou para pensar no custo que seria uma cidade sem zona portuária. Lisboa seria outra - e nós também.

Já está à venda o último "volume" da revista Volta ao Mundo, edição especial de aniversário. A capa (como a revista) é multidimensional. Mas uma vez que a Volta ao Mundo ainda não tem página na internet, teremos de ser nós a recriar a sua second life por aqui. Parabéns a todos os que fizeram a revista sair do lugar sem nunca repetir o mesmo caminho.





É enorme a dimensão da crise e isso vê-se nos actos tresloucados de cidadãos normais. Ontem à noite em Palmela, imagine-se, até o McDonald's, que vende hamburgers a um euro, foi alvo de assalto por "quatro encapuzados", assinala a imprensa matinal de hoje.


Também me parece curioso o programa não identificar as cores partidárias dos cinco representantes em questão. Deve ser uma forma de infotainment, um jogo em que se obriga o espectador a advinhar os partidos pelo tom do discurso ou sua crispação. Pessoalmente, vejo sempre tudo sem som. Percebo logo quem é o "tio" do PP e que o tipo vestido com um pólo da Decathlon só pode ser do Bloco de Esquerda.








