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As audiências, que são sempre aquilo que quiserem fazer delas, deram-lhes 27.3 de share total. Ou seja, dos cem por cento que estariam a ver TV àquela hora, apenas uma-pessoa-ponto-qualquer-coisa-em-quatro estaria a ver os “gatos”. Do outro lado, a TVI transmitia o último episódio da novela Fascínios, e nem o facto de os “gatos” terem feito uma rábula (fraquíssima, diga-se) com a novela em questão serviu para animar a noite.
Talvez o target dos Gato Fedorento não seja o público de novelas. Eu acho que inesperadamente, e por mérito próprio, todos os públicos de televisão são potencialmente público dos “gatos”. Se a SIC vai cobrar aos “gatos” por isso, pelo facto de os números poderem não corresponder, é outra questão.
O que também é outra questão é o facto de, para além dos números, os gatos poderem não corresponder às expectativas de humor que propõem (um humor highbrow mas achincalhado). Domingo, visivelmente, não corresponderam. O esquema-base: Ricardo Araújo Pereira faz de pivot em estúdio, convidando semanalmente três ilustres personagens: Zé Diogo Quintela, Tiago Dores, Miguel Góis. Vai ser sempre assim? É realmente muito engraçado. E depois o que se passa? Conversa sobre os temas do dia, com rábulas metidas pelo meio, do princípio ao fim. O Magalhães, o Sócrates, o Hugo Chávez, a República, os homossexuais… e o próprio Ricardo Araújo Pereira (repescado exemplarmente de um Donos da Bola de há 15 anos!).
40 minutos depois, os “gatos” levantaram o cu da cadeira e cumprimentaram-se. Acabou? Já acabou? Foi para isto que estiveram um ano a trabalhar? Só isto? Agora talvez se perceba a mensagem subliminar dos outdoors publicitários nas paragens de autocarros do país. Os cartazes, dispondo os quatro gatos como presidiários, escrevem: “Procuram-se!”. Muita gente foi à procura e não encontrou. Estes presidiários continuam demasiado… presos.
4 comentários:
pois, eu fui um dos quartos que vi, mas nao por querer ver, simplesmente porque passei pela sala naquela altura, tendo acabado de passar um quilo de roupa a ferro, ter assado marmelos e carne de porco, depois de ter ido ver o Mamma Mia e de ter feito inúmeras coisas (o Domingo é o dia da semana em que eu chego ao final amis cansada!) Gostei de ver o Ricardo com 19 anitos, muito franzino, gostei de ver a Manuela Ferreira Leite que tinha um espectáculo de penteado (porque é que ela me faz sempre lembrar a minha mãe, sendo tão feia? Só pode ser mesmo do penteado e da maneira de vestir...)mas no gerral, era igualzinho ao "diz que é uma espécie de magazine..." bjs e continua a escrever, para eu ter sempre que ler
Pode não ser vintage GF para todos, mas nem a estreia do ZC foi medíocre (musicalmente excederam-se), nem as audiências são relevantes quando se tem o youtube... basta ver a quantidade de Portugueses que não trocam os GF por uma novela e lá revêem os sketches religiosamente...
Saudações!
E esta semana ainda foi pior... programa muito fraco que, no máximo, me terá arrancado dois sorrisos, designadamente, na piada sobre a hipóteses de se designar de outra forma, que não com o termo casamento, a união 'oficial' entre homossexuais; e no sketch sobre os 'capitalistas liberais' que, afinal, perante a actual crise económica, descobriram que a intervenção estatal até nem calha nada mal...
Ou seja, resumidamente, os Contemporâneos ganham dez a zero aos Fedorentos!!!
Paulo
PS: Outra coisa: porque é que o realizador fedorento parece fazer questão de aparecer em todos os programas?? Já agora, no que à realização diz respeito, os Contemporâneos ganham cem a zero!!!
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